domingo, 20 de maio de 2007

Revisão on-line

Aí vão algumas perguntinhas que podem ajudar na hora da prova...

1 - Os Helmintos (vermes) são divididos em :
a) platelmintos, helmintos e nematelmintos
b)Platelmintos, Trematoda e Anelídeos
c)Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos
d) Nenhuma das anteriores

R: alternativa c

2- Como se dá a respiração dos platelmintos ?

R: A respiração é cutânea. o O2 difunde pela pele (difusão)

3- Os platelmintos e os nematelmintos possuem uma diferença báscia com relação ao seu formato. Qual é esta diferença ?

R: Os platelmintos são seres achatados e os nematelmintos possuem formato cilíndrico

4- Qual verme apresenta sistema digestório completo e céulas embrionárias ?

a) nematelmintos
b)anelídeos
c)platelmintos
d)Trematoda

R: alternativa "a"

5- Como os nematelmintos não possuem sistema circulatório a distribuição de nutrientes é feita de outra forma. Que forma é esta ?

R: A distribuição é feita através do fluido celomático. Fluido este que também permite a locomoção do animal.

TEXTO N° 2 – RELAÇÕES ECOLÓGICAS ENTRE OS SERES VIVOS

O funcionamento de uma comunidade depende das diversas formas como os seres vivos que nela habitam interagem entre si. Quer os seres vivos vivam isolados ou em grupos, as formas de comunicação são muito variadas. As causas que determinam estas interações estão muitas vezes ligadas à alimentação e à reprodução. No decurso da comunicação estabelecem-se relações entre seres vivos da mesma espécie - relações intra-específicas - e relações entre seres vivos de espécies diferentes - relações interespecíficas. Quando analisadas isoladamente, essas relações podem se revelar harmônicas ou desarmônicas. As relações harmônicas ou
interações positivas são aquelas em que não há prejuízo para nenhum dos indivíduos da associação. As relações desarmônicas ou interações negatívas são aquelas em que pelo menos um indivíduo da associação sai prejudicado. Considerando, entretanto, o total de todas as relações entre os. seres vivos de uma comunidade, verifica-se que, em termos de manutenção do equilíbrio ecológico global, essas relações revelam-se harmônicas.

FIQUE POR DENTRO

Você sabia que SIMBIOSE é a denominação genérica que se dá a qualquer relação de convivência entre os organismos de uma comunidade ecológica? SIMBIOSE (do grego syn, juntos, e bios, vida), termo criado em 1879 pelo biólogo alemão Heinrich Anton de Bary

RELACÕES INTRA-ESPECíFICAS

1- Relações harmônicas ou positivas

a) Sociedade: interação entre indivíduos da mesma espécie, em que há divisão de trabalho. Ex.: insetos sociais, como abelhas, cupins e formigas.
b) Colônia: interação em que há associação anatômica entre indivíduos da mesma espécie, formando uma unidade estrutural e funcional. Ex.: coral-cerebro e caravela.

RELACÕES INTERESPECíFICAS

1- Relações harmônicas ou positivas

a) Mutualismo: associação obrigatória entre indivíduos de espécies diferentes,em que ambosse beneficiam. Ex.: algas e fungos que formam os liquens. .
b) Protocooperação: associação facultativ9 entre indivíduos de espécies diferentes;' em que ambos se beneficiam. Ex.: anêmona-do-mar e paguro.
c) Inquilinismo: associação entre indivíduos de espécies diferentes, em que um deles (o inquilino) se 'beneficia pelo fato de se fixar ou se hospedar no outro (o hospedeiro) que não é prejudicado. Ex.: plantas epífitas- orquídeas, bromélias (inquilinas) e árvores (hospedeiras).
d) Comensalismo: associação entre indivíduos de espécies diferentes, em que um deles, denominado comensal, aproveita restos de alimento ingerido pelo outro, sem prejudicá-Io. Ex.: tubarão e peixe­piloto (comensal)..

2- Relações desarmônicas ou negativas

a) Amensalismo ou antibiose: indivíduos de uma
população secretam substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de indivíduos de populações de outras espécies. Ex.: maré vermelha, Pinus eliote.
b) Predatismo: um indivíduo, o predador, ingere o outro, a presa, de outra espécie. Ex.: Cobra (pced_ador) e rato (presa).
c) Parasitismo: indivíduo de uma espécie, o parasita, vive no corpo de indivíduo de outra espécie, a hospedeira, retirando alimentos dela e causando-lhe prejuízos. Ex.: Lombriga (parasita) e homem (hospedeiro).
d) Competição interespecífica: disputa entre indivíduos de espécies diferentes por recursos do meio que não existem em quantidades suficientes para todos.

TEXTO 3: PORÍFEROS E CNIDÁRIOS

Os poríferos ou espongiários constituem-se nos animais menos evoluídos de todos. São multicelulares, mas suas células não formam tecidos bem definidos e muito menos se estruturam em órgãos. A sua constituição é muito simples. Por isso, muitos especialistas preferem distingui-Io dos outros grupos de animais, dividindo o reino Metazoa em dois sub-reinos: O Parazoa (onde se situam os poríferos) e o Eumetazoa (que engloba todos os demais filos). Os poríferos (do latim porus, 'poro', 'orifício', e ferre, 'que transporta', 'portador') são todos de habitat aquático, predominantemente marinhos, vivendo presos às rochas ou outros substratos do fundo do mar ou dos rios. Têm o corpo perfurado por grande número de poros, por onde entra a água (poros inalantes ou óstios) e um único poro grande exalante (o ósculo), pelo qual sai a água de percorrer a cavidade central do corpo.
Os poríferos não possuem sistemas (digestivo, respiratório, nervoso e reprodutor). Eles realizam a digestão intracelular. A respiração e a excreção se fazem por difusão direta entre a água circulante e as sua células.
O corpo de uma esponja apresenta um revestimento esterno de células achatadas - a epiderme -, um revestimento interno com células flageladas e providas de gola ou colarinho, chamadas coanócitos, e uma camada intermediária na qual se encontram' células móveis que se deslocam
intensamente por meio de pseudópodos - os amebócitos. No mesênquima, pode-se encontrar uma espécie de arcabouço ou silicosas e uma rede de uma proteína específica chamada espongina. Assim, distinguem-se esponjas rígidas (calcárias e silicosas) e esponjas macias (esponjas córneas). Estas últimas, muito usadas no banho, não possuem espículas e a sustentação do corpo é feita tão­somente pela rede de espongina. No mesênquima, além dos amebócitos encontram-se as células formadoras das espículas e células geradoras dos gametas (óvulo e espermatozóide). A água ambiental penetra na esponja pelos poros inalantes, percorre
os canais do corpo e alcança uma grande cavidade central - o átrio ou espongiocele. Os coanócitos revestem o átrio e, em muitos casos, pequenas câmaras que ficam no trajeto dos canais. O agitar dos flagelos dessas células provoca um fluxo de circulação da água, puxando-a de fora para dentro do corpo. Os coanócitos, além disso, retêm as partículas alimentares trazidas pela água e as digerem em vacúolos digestivos. O alimento, total ou parcialmente digerido, é então entregue aos amebócitos do mesênquima, a fim de estes concluam a digestão ou simplesmente o distribuam para todas as outras células. O oxigênio é retido por difusão direta pelas células, da mesma forma como são expelidos os excretas. Estes últimos vão ao exterior, arrastados pela água que sai pelo ósculo.
Os poríferos se dividem em três tipos: Áscon (do grego, 'saco', 'odre'), Sícon (do grego sykon, 'figo') e Lêucon (do grego leukos, 'branco').
Reprodução
a- Assexuada: por brotamento, onde formam-se peql,Jenos brotos laterais que se desenvolvem em novos indivíduos, originando as formas coloniais. Na gemulação formam-se agregados de células amebóides indiferenciadas, envoltas por dura camada de espículas justapostas. As gêmulas constituem formas de resist6encia, pois sobrevivem a condições desfavoráveis de seca e/ou frio. Merece destaque a grande capacidade de regeneração de partesdanfficadasdaespo~a.
b- Sexuada: os poríferos são hermafroditas, porém não possuem gônadas. Os gametas, que se formam a partir de amebócitos que sofrem meiose, são lançados no átrio, onde ocorre a fecundação. Cada indivíduo apresenta matur.ação de óvulos e espermatozóides em épocas diferentes, o que evita a autofecundação. O desenvolvimento é indireto:
após a fecundação o zigoto se desenvolve em uma larva livre-natante - anfiblástula - que sai pelo ósculo, fixa-se em um substrato e cresce, originando novo indivíduo.

CNIDÁRIOS

Etimologicamente, a palavra cnidário vem do grego (knidos, 'urticante'). O mesmo ocorre com o vocábulo celenterado (do grego koilos, 'oco', e enteron, 'intestino').
Neste filo se enquadram os animais mais inferiores dentre os que já possuem tecidos bem definidos com alguma organização de sistemas. Eles possuem um esboço de sistema nervoso difuso (uma rede de células nervosas pelo corpo) e gõnodas, isto é, órgãos produtores de gametas. Também possuem células epitélio-musculares de cuja contração resultam os movimentos rápidos do corpo. A estrutura do corpo de um celenterado é formada por duas camadas de células: a epiderme (camada de revestimento externo) e a gastroderme (camada de revestimento interno). Entre as duas, situa-se a mesogléia, uma fina lâmina acelular, gelatinosa, constituída de substâncias segregadas pelas células das duas camadas citadas. Na epiderme, distinguem­se as células epitélio-musculares, as células intersticiais, as células sensitivas e os cnidoblastos.

Estes últimos são células especializadas para a defesa, contendo uma pequena cápsula - o
nematocisto - capaz de projetar um estilete canaliculado e injetar uma substância paralisante ou irritante na pele do animal que lhe toque na superfície. A gastroderme também possui diversos tipos de célula: células sensitivas, células flageladas, células intersticiais, células glandulares e células epitélio-digestivas. As células glandulares produzem enzimas digestivas que são lançadas na cavidade central ou cavidade gastrovascular, contribuindo para a digestão extracelular. Contudo, as células flageladas captam alimentos não digeridos ou parcialmente digeridos e os transferem às células epitélio-digestivas da gastroderme, em cujos vacúolos ocorre também a digestão intracelular. Os celenterados ou cnidários podem ser vistos como pólipos ou como medusas.Estas últimas têm aspecto de cúpula transparente, são flutuantes e se deslocam mais facilmente. Os pólipos vivem preferentemente fixos às rochas e, salvo raras exceções, têm deslocamentos lentos. Muitas espécies de cnidários reproduzem-se por metagênese ou alternância de gerações, passando por uma fase sexuada de medusa e por uma fase assexuada de pólipo. Assim se reproduz a Aurelia aurita. Outros celenterados só se reproduzem sexuadamente. E outros, ainda, nunca passam pela fase de medusa, só existindo na forma de pólipos. Os corais e a anêmona-do-mar estão neste caso.

2.1. Classificação
O filo Coelenterata é dividido em três classes:

Classe Hydrozoa: A forma predominante é a de pólipos, ainda que em muitas espécies ocorra também a forma de medusas. As medusas são pequenas e dotadas de véu. Exemplo: Hydra sp., Chlorohydra sp., Bougainvillia sp., Obelia sp., Physalia sp.

Classe Scyphozoa: Predominam as medusas. Medusas sem véu. As dimensões variam de poucos centímetros a vários metros. A fase pólipo é passageira. Exemplos: Tamoya sp., Aure/ia sp. (água­viva).


Classe Anthozoa: Exclusivamente pólipos. Reprodução habitualmente sexuada, à custa de gametas formados em gõnodas masculinas e femininas, na parede do corpo. Em alguns casos, entretanto, pode-se observar a divisão assexuada, por brotamento, no pólipo. Exemplos: Coralllium rubrum (coral vermelho), Pennatula sp. (coral branco), Actinia sp. (anêmona-do-mar).

2.2. Reprodução
A maioria dos celenterados apresenta reprodução sexuada e assexuada, sendo grande número de espécies que apresenta alternância de gerações (metagênese). Nesse caso, a forma polipóide produz assexuadamente pequenas medusas que, após um período de desenvolvimento, produzem gametas de cuja fusão resulta o zigoto. A fecundação é externa na maioria dos celenterados, havendo espécies em que o encontro dos gametas ocorre dentro da cavidade gástrica. Nos casos em que o desenvolvimento é indireto (todas as espécies marinhas) o zigoto formado dá origem a uma larva ciliada (plânula). Após algum tempo a larva se fixa ao substrato dando origem a um novo organismo (pólipo). Nas espécies que apresentam apenas forma de pólipo, esse se reproduz sexuadamente originando novos pólipos. Os espermatozóides são liberados na água, nadando ao encontro do óvulo. A fecundação e as primeiras divisões ocorrem com o zigoto ainda preso ao organismo materno. Como seqüência do processo, o embrião se destaca e transforma-se em um pólipo jovem que na maturidade repete o ciclo.

REFERÊNCIA:

Poríferos e Cnidários. Disponível em: http://www.marcobueno.net. Acesso em: 20 abril 2006.
SOARES, J.L. Poríferos e Cnidários. In: Biologia no Terceiro Milênio, São Paulo: Scipione, 1999.
UNHARES, Se GEWANDSZNAJDER, F. Poríferos e Cnidários. In:- Biologia Hoje. 11. ed. São Paulo: Ática, 2003.

TEXTO 1 - ECOLOGIA

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAí COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UNIVALI
Professora: SILVANA TOMAZONI
Disciplina: Biologia

A célula é a unidade biológica e funcional dos organismos vivos. Constitucionalmente, a célula apresenta um considerável poliformismo acompanhado por diferenças no tamanho, número e funções. O conjunto de células especializa das que se diferenciam durante a fase embrionária para desempenhar funções específicas irá formar os tecidos. Os tecidos formam os órgãos corporais. Quando os órgãos atuam em conjunto para produzir determinada função vamos ter os sistemas. Os diversos sistemas funcionando em conjunto constituirão o organismo de um indivíduo. A partir dos organismos é que vamos poder identificar os diversos níveis estudados em ECOLOGIA. Mas o que é ECOLOGIA? Etmologicamente, ecologia (do grego oikos, "casa, ambiente", e logos "estudo") é a parte da biologia que busca estudar os seres vivos, como estes se relacionam e a interação destes seres vivos com o meio ambiente. Estudar ecologia nos dias atuais significa muito mais do que debater questões isoladas sobre meio ambiente, conhecer as espécies existentes em uma floresta tropical ou ainda saber sobre o destino das espécies ameaçadas de extinção, como se estes temas estivessem dissociados do contexto histórico e social no qual o homem vem efetivamente interferindo, algumas vezes de maneira bastante desastrosa. Enquanto sujeitos sociais temos o dever de conhecer este espaço chamado biosfera, analisar este complexo e delicado equilíbrio, apontando meios e soluções para preservar ou restaurar o que já subtraímos dele. Mantemos uma relação muito estreita com tudo o que nos cerca, sejam estes elementos bióticos (seres vivos) ou abióticos (ar, solo, água). São inquestionáveis as relações dos seres vivos entre si e com os espaços naturais por estes utilizados. Como exemplo podemos citar a fauna (animais) que
habitam a Mata-Atlântica obtendo desta alimento, refúgio e abrigo. A flora (vegetais), por sua vez, beneficia-se da fauna, pois algumas espécies de
animais participam efetivamente dos processos de polinização e dispersão de sementes. Portanto, podemos observar que existe uma complexa e intrigante relação de favorecimentos entre seres vivos. Não podemos esquecer que nestas relações também existem os fatores que desfavorecem toda esta aparente harmonia. Algumas espécies competem entre si por espaço, alimento, abrigo, porém, a natureza concede, na maioria das vezes, aos seus habitantes "mecanismos de auto-defesa", e consegue organizar de maneira bastante eficiente estas relações no sentido de fortalecer o equilíbrio ambienta!. Ainda temos que lembrar que a fauna e a
flora para se manterem vivas e saudáveis dependem das variações climáticas, qualidade do solo, taxa de iluminação, dentre outros fatores abióticos. Esta é uma das razões pelos quais temos ecossistemas tão diversificados, cada qual com suas espécies características e que conseguiram ao longo do processo evolutivo estabelecer-se de acordo com as condições ambientes oferecidas. As espécies conquistaram todos os ambientes terrestres, até mesmo os mais inóspitos, e fazem o possível para se manterem ordenadas e equilibradas. É a chamada luta pela sobrevivência. Nesta lutam precisamos unir forças para tornar este ambiente viável a todas as espécies.

ESPÉCIE: Segundo o conceito biológico, indivíduos pertencem a uma mesma espécie quando é possível ocorrer um cruzamento entre eles e desse cruzamento resultar descendentes viáveis e
.' férteis. Como exemplo de espécie podemos citar o cão doméstico.

POPULAÇÃO: Indivíduos de uma mesma espécie que habitam uma determinada região geográfica constituem uma população. Como por exemplo, podemos citar uma população de gaivotas.

COMUNIDADE:
o conjunto de populações diferentes que habitam um determinado espaço geográfico, interagindo direta e indiretamente umas com as outras, formam uma comunidade. Como por exemplo podemos citar as populações de vegetais, fungos, bactérias e animais que habitam uma floresta.

ECOSSITEMA:
Ecossistema é definido como um sistema aberto que inclui, em uma certa área, todos os fatores físicos e biológicos (elementos bióticos e abióticos) do ambiente e suas interações. Como resultado temos uma diversidade biótica claramente definida. O ecossistema é uma unidade funcional de base em ecologia, porque inclui, ao mesmo tempo, todos os seres vivos e o meio onde vivem, com todas as interações recíprocas entre o meio e os organismos.

BIOSFERA: É o conjunto de todos os ecossistemas do planeta habitado pelos seres vivos, ou seja, é a porção da Terra onde a vida se faz presente. Entretanto, considerando a totalidade do globo terrestre, esta região não excede a uma fina camada de alguns pucos quilômetros, englobando partde da litosfera, parte da hidrosfera e parte da atmosfera.


A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS ECOLÓGICOS
A Ecologia é uma ciência que tem se desenvolvido muito e torna-se cada vez mais necessária nos dias atuais, devido aos problemas ambientais decorrentes da intervenção humana nos espaços naturais. A espécie humana optou, nas últimas décadas, por ignorar as conseqüências que sua ação em favor do desenvolvimento industrial e tecnológico poderia estar causando ao meio ambiente, e desta forma, grande parte da cobertura vegetal, em particular a Mata Atlântica, foi destruída, numa média de 80 estádios de futebol a cada ano. Esta destruição tem sido seletiva e vem acontecendo principalmente em locais de formação florestal com maior importância econômica, como a Mata das Araucárias. Apesar das punições que são aplicadas aos exploradores predatórios do patrimônio público, as florestas continuam a diminuir. Estudos feitos a partir de imagens de satélites mostram um acentuado ritmo de substituição de extensas áreas florestais por empreendimentos agrícolas e imobiliários. É a luta da
espécie humana contra ela mesma, pois hoje já é sabido que não são só os animais e vegetais estão sujeitos à extinção, o homem também está incluído nesta lista. A intensidade com que fenômenos naturais vêm devastando territórios e a instabilidade climática, provocada pela emissão de poluentes, que
provocam o aquecimento no globo terrestre, são o resultado das ações humanas que ignoram a capacidade de tolerância ou os niveis suportáveis pela biosfera.
A preocupação com a preservação da vida tem sido motivo de reuniões mundiais para se tentar propor medidas em termos globais.
Em 1972 foi realizada a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente, que gerou o documento conhecido como Declaração de Estocolmo, no qual se discute a importância da preservação do meio ambiente para a manutenção da qualidade de vida. Em 1987,em outra reunião mundial, foi redigido o Protocolo de Montreal, na qual se propunha a redução da liberação de gases que afetam a camada de ozônio da, atmosfera. Em 1988 ocorreu outra ampla
discussão mundial sobre questões ambientais, estabelecendo medidas para se evitarem mudanças
climáticas globais que possam afetar a vida na Terra. Essas medidas constam do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima, da ONU. Em maio de 1992 houve a convenção internacional sobre o clima em Nova York e em junho do mesmo ano o Rio de janeiro sediou uma importante conferência mundial sobre problemas do meio ambiente: a ECO-92. O seu objetivo principal era buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio­econômico e industrial com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra. Discutiram-se, dentre outros, os seguintes temas sobre a interferência na qualidade da vida na Terra:

- EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA
- VIDA ANIMAL
- FLORESTAS DEVASTADAS
- POLUiÇÃO ATMOSFÉRICA
- CAMADA DE OZÔNIO
- CHUVA ÁCIDA
- OCEANOS
- DEJETOS
- EROSÃO E DESERTIFICAÇÃO.

Fonte: ONU, 1992.


Em 1997 na cidade de Kyoto, no Japão, foi elaborado o Protocolo de Kyoto, um dos mais ambiciosos projetos de combate ao aquecimento global. Ele estabelece que os países industrializados devem reduzir, até 2012, em média, 5,2% de suas emissões de gases causadores do efeito estufa (principalmente COz) em relação aos níveis de 1990. O COz é proveniente em grande parte da queima de combustíveis fósseis: carvão, petróleo e gás natural. Isso tem gerado muita discussão e alguns países industrializados têm se negado a validar esse protocolo por não concordarem com essa redução.




Entre 26 de agosto e 4 de setembro de 2002, ocorreu outro evento mundial para discutir o meio ambiente e desenvolvimento sustentável. A Rio +10, ou Eco-2002, ocorreu em Johannesburgo, na África do Sul, com o objetivo de discutir e avaliar os acertos e falhas nas ações relativas ao meio ambiente mundial, nos últimos dez anos. O acesso a energia limpa e renovável,
efeito estufa, conservação da biodiversidade, proteção e uso das fontes de água, acesso à água potável, saneamento e controle de substâncias quimicas nocivas foram alguns dos temas debatidos. No fim do encontro, foram estabelecidas metas para os próximos dez anos. A principal delas é o comprometimento dos países participantes em reduzir pela metade a população sem acesso a água potável e saneamento básico, até 2015. Um resultado concreto foi o início do "Programa Áreas Protegidas da Amazônia" (ARPA), que prevê a criação e implementação de 500 mil km2 de parques e reservas na Amazônia até 2012. Caso isso ocorra, a área de florestas atualmente protegidas será triplicada. Esse programa é a maior
ação de conservação de florestas já feito em toda a história da humanidade. O governo brasileiro se destacou também ao apresentar uma proposta, que não foi aprovada, na qual cada país assumiria como meta produzir 10% de sua energia a partir de energias renováveis, como eólica, solar e hidrelétrica, até 2010.



Gaia - Mitologia e Ciência
Na mitologia grega, Gaia é o nome poético dado à deusa da Terra, uma das primeiras divindades a habitar o Olimpo. Sem intervenção masculina, Gaia gerou Urano (o Céu), as Montanhas e o Mar. Gaia, na mitologia clássica, personificava a origem do mundo, o triunfo e ordenamento do cosmos frente ao caos, a propiciadora dos sonhos, a protetora da fecundidade e dos jovens.
CIÊNCIA E ECOLOGIA - James Lovelock, pesquisador britânico, reintroduziu esse termo nos anos 70 na apresentação de sua Hipótese Gaia. Segundo essa hipótese, a Terra é um sistema vivo, dispondo de mecanismos de auto-regulação, ou seja, homeostase: mecanismos gerados e regulados pelos processos vitais, que propiciam a manutenção das condições ambientais necessárias à Vida. Esse modo holístico de se olhar para o nosso planeta, enquadra a nós, humanos, como parte integrante de um todo, onde tudo age interligado a tudo.
Essa hipótese causou forte impacto entre a comunidade científica, recebendo severas críticas de alguns cientistas e apoio de outros. Apesar das criticas e das discussões inflamadas, algo não se podia negar:
A Terra realmente poderia ser vista como um organismo vivo, com uma profunda interdependência entre seres vivos e meio ambiente, ou seja, entre os componentes abióticos e os abióticos.
COMPONENTES ABIÓTICOS:
Os componentes abióticos de um ecossistema são representados por fatores físicos, como luminosidade, temperatura, ventos, umidade etc., e por fatores químicos, como a quantidade relativa dos diversos elementos químicos presentes na água e no solo.
COMPONENTES BIÓTICOS
Seres autótrofos e heterótrofos: Os seres vivos de um ecossistema podem ser divididos em autótrofos e heterótrofos. A maioria dos seres autótrofos (algas, plantas e certas bactérias) faz fotossíntese, captando energia luminosa do Sol e utilizando-a na fabricação de matéria orgânica. Existem, ainda, alguns poucos seres autótrofos que fazem quimiossíntese, como, por exemplo, certas bactérias, e obtêm energia para a vida através de reações químicas inorgânicas. Os animais, fungos, protozoários e a maioria das bactérias são heterótrofos, isto é, necessitam obter substâncias orgânicas (alimento) a partir de outros seres vivos ou de seus produtos. Os heterótrofos podem ser:
CONSUMIDORES PRIMÁRIOS - São os animais que se alimentam dos produtores, ou seja, são as espécies herbívoras.
CONSUMIDORES SECUNDÁRIOS - São os animais que se alimentam dos herbívoros, a primeira categoria de animais carnívoros.
CONSUMIDORES TERCIÁRIOS - São os grandes predadores como os tubarões, orcas e leões, os quais capturam grandes presas, sendo considerados os predadores de topo de cadeia. Tem como característica, normalmente, o grande tamanho e menores densidades populacíonaís.
DECOMPOSITORES OU BIOREDUTORES - São os organismos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, transformando-a em nutrientes minerais que se tornam novamente disponíveis no ambiente. Os decompositores, representados pelas bactérias e fungos, são o último elo da cadeia trófica, fechando o ciclo.
A maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de uma comunidade, iniciando-se nos produtores e passando pelos herbívoros, predadores e decompositores, chama-se cadeia alimentar ou trófica. Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de nutrientes, sempre no sentido dos produtores para os decompositores. No entanto, a transferência de nutrientes fecha-se com o retorno dos nutrientes aos produtores, possibílitado pelos decompositores que transformam a matéria orgânica em compostos mais simples, pelo que falamos de um ciclo de transferência de nutrientes. A energia, por outro lado, é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia alimentar para sustentar 'as suas funções, não sendo reaproveitável.
Ao conjunto de cadeias alimentares
interconectadas, geralmente representado como um
diagrama das relações entre os diversos organismos de um ecossistema chama-se Teia ou rede alimentar. As teias alimentares, em comparação com as cadeias, apresentam situações mais perto da realidade, onde cada organismo se alimenta em
vários níveis hierárquicos diferentes e produz uma complexa teia de interações alimentares. Todas as cadeias alimentares começam com um único organismo produtor, mas uma teia alimentar pode ter vários produtores. A complexidade de teias alimentares limita o número de níveis hierárquicos, assim como na cadeia.

IMPORTÂNCIA DE SE CONHECER AS CADEIAS ALIMENTARES.
Deve-se perguntar qual a importância de se conhecer uma cadeia alimentar. Com a praticidade com a qual estam os lidando com a natureza e a tecnologia que sempre e cada vez mais "de ponta", as pessoas tendem cada vez mais a lidar com a natureza de forma mecanicista. Existe, porém uma grande importância em se conhecer as cadeias ecológicas.
Basicamente, a observação nos leva a entender toda a seqüência de alimentação dos animais que ali vivem. Podemos também examinar o conteúdo estomacal de animais e assim percebermos essa seqüência. A importância disto está baseada no uso natural de animais ou plantas que possam controlar ou equilibrar no ecossistema de forma a evitar o uso de pesticidas e quaisquer outras formas artificiais que possam desequilibrar em longo prazo o ambiente, ou ainda, provocar sérias reações nos animais e até os seres humanos que ali habitam.


Fonte: http://www.rainhadapaz. Iprojetos/ciencias/ecologial


Referências Bibliográficas:

AUGUSTO, A.; CROZETTA, M.; LAGO, S. Conceitos
básicos em ecologia. In: . Biologia. São Paulo:
IBEP, 2004. p. 14 -15.
UNHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. ° campo de
estudo da ecologia. In: Biologia hoje. v 3. 11.
ed. São Paulo: Ática, 2003.
LOPES, Sonia. Introdução à Ecologia. In: 2. São Paulo: Saraiva, 2005.
Bio
SCHÜÜR, g. Ciências do Ambiente - Ecologia. Disponível em: http://www.p!1otoqrap!1ia.com.br/biosfe.htm . Acesso em: 20 fevereiro 2006.
http//www.herbario.com.br/cieiecol/ec06.htm . Acesso em: 21 fevereiro 2007.
SOARES, J.L. Aves (Classe aves). In: Biologia no Terceiro Milênio, São Paulo: Scipione, 1999. p. 221­224

domingo, 13 de maio de 2007

E ecologia o que significa?

Ecologia é um conceito que a maioria das pessoas já possui intuitivamente, ou seja, sabemos que nenhum organismo, sendo ele uma bactéria, um fungo, uma alga, uma árvore, um verme, um inseto, uma ave ou o próprio homem, pode existir autonomamente sem interagir com outros ou mesmo com ambiente físico no qual ele se encontra. Ao estudo dessas inter-relações entre organismos e o seu meio físico chama-se Ecologia.
Mas, para termos uma definição histórica: “Pela palavra ecologia, queremos designar o conjunto de conhecimentos relacionados com a economia da natureza - a investigação de todas as relações entre o animal e seu ambiente orgânico e inorgânico, incluindo suas relações, amistosas ou não, com as plantas e animais que tenham com ele contato direto ou indireto, - numa palavra, ecologia é o estudo das complexas inter-relações, chamadas por Darwin de condições da luta pela vida”. Foi assim que Ernest Haeckel, em 1870, definiu ecologia.
Assim, como em qualquer outra área, em Ecologia são definidas unidades de estudo, as quais são fundamentais para melhor compreensão desta Ciência. Utilizando-se um modelo de níveis de organização, fica mais fácil de compreendermos as unidades de estudo da Ecologia. Vejamos o modelo abaixo dos níveis de organização:

Mas o que é essa biologia??

A definição clássica da palavra biologia é dada como: "ciência que estuda os seres vivos e suas relações".
Quando falamos sobre biologia marinha obviamente estamos definindo o ambiente em que esta vida se desenvolve. É ai que a coisa toma corpo ... o mar.
Para sentir um pouco de sua importância deve-se ter em conta que a Terra é o único planeta conhecido que possui água, e que quase toda a água da Terra, 97% ,encontra-se nos oceanos.
Estudos científicos revelam que a vida teve origem nos oceanos a cerca de 3,5 bilhões de anos.
Cobrindo 71% da superfície da Terra e com um volume aproximadamente. de 1,4 bilhões de km cúbicos a grande massa oceânica pode ser considerada como a principal responsável pelo controle do clima no planeta.
Os oceanos absorvem e armazenam a energia solar, e a sua capacidade calorífica controla e estabiliza as temperaturas da superfície da Terra.
Sem os oceanos o planeta seria insuportavelmente quente durante o dia e glacial a noite.
A temperatura do mar pode variar de -3°C nos pólos para 30°C nos trópicos.
Devido à sua magnitude e consequentemente às dificuldades de acesso, pode-se afirmar que até hoje menos de 1% do solo marinho foi explorado.
Para se dar uma idéia disso, uma característica geológica importante como a dorsal mesoceânica que se distribui pelas principais bacias oceânicas com 73.600 km de extensão, foi vista pela primeira vez somente em 1973.
"Nem só de água vive o oceano"
Outro dado interessante sobre o mar é que dos 103 elementos químicos conhecidos na natureza, a maioria deles foi descoberta na água do mar, e é provável que o resto seja detectado ali um dia.
Durante bilhões de anos as chuvas caíram sobre a terra firme e os rios desaguaram no mar carregando milhares de compostos em solução. Também durante todo este tempo os próprios mares trabalharam exaustivamente escavando rochas e dissolvendo os minerais de seus leitos.
Pode-se dizer que cerca de 3,5% da água do mar (26,6 milhões de toneladas de sais por km cúbico de oceano) é composta de minerais dissolvidos.
Há uma frase escrita pelo oceanógrafo Robert Miller que expressa a importância desta riqueza "se encontrássemos a água do mar somente em um lago pequeno e distante, químicos e biólogos sem dúvida a estudariam intensamente como o mais precioso dos líquidos".